O índice de amamentação no Brasil para crianças de até
seis meses de idade está abaixo das recomendações internacionais
preconizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A prática da amamentaçãologo
nos primeiros dias de vida do bebê, como regime exclusivo nos primeiros
seis meses e a permanência do alimento na dieta até pelo menos os 2
anos de idade pode reduzir em um quinto a morte de menores de 5 anos.O
número de bebês brasileiros menores de 6 meses que recebem o leite materno exclusivamente
é pouco maior que a média mundial: 41%, segundo dados do Ministério da
Saúde. O percentual ideal definido pela OMS fica entre 90% e 100% das
crianças nessa faixa etária.O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirma que as atitudes
estratégicas a serem tomadas devem consistir em conscientizar a
sociedade de que, apesar da amamentação ser um ato natural, o hábito precisa de apoio de todos – família, profissionais de saúde e empregadores, entre outros. O Guia dos Direitos da Gestante e do Bebe,
um programa do governo em conjunto com o Programa das Nações Unidas
para a Infância (Unicef), é voltado para a capacitação de agentes
multiplicadores com a função de transmitir informações sobre o direito
das mães à amamentação.
Um dos objetivos do milênio, ratificados pelo Brasil, é reduzir em dois
terços, entre 1990 e 2015, a mortalidade infantil entre menores de 5
anos. O aleitamento materno exclusivo é capaz de
diminuir em até um quinto as mortes nessa faixa etária, de acordo com a
OMS.Segundo o Ministério da Saúde, o leite materno é tudo o
que o bebê precisa até os seis meses. É um alimento de fácil digestão
que funciona como vacina, protegendo a criança contra doenças como
diarreia, infecções respiratórias e alergias.A amamentação também contribui para a recuperação da
mãe, após o parto, para a perda de peso, além de ajudar o útero a
recuperar seu tamanho normal, reduzindo o risco de hemorragia e de
anemia. O aleitamento também diminui as chances de desenvolver diabetes e cançer de mama, de ovário, e pode diminuir o risco de enfarte em até 37%.