terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O índice de amamentação no Brasil para crianças de até seis meses de idade está abaixo das recomendações internacionais preconizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A prática da amamentaçãologo nos primeiros dias de vida do bebê, como regime exclusivo nos primeiros seis meses e a permanência do alimento na dieta até pelo menos os 2 anos de idade pode reduzir em um quinto a morte de menores de 5 anos.O número de bebês brasileiros menores de 6 meses que recebem o leite materno exclusivamente é pouco maior que a média mundial: 41%, segundo dados do Ministério da Saúde. O percentual ideal definido pela OMS fica entre 90% e 100% das crianças nessa faixa etária.O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirma que as atitudes estratégicas a serem tomadas devem consistir em conscientizar a sociedade de que, apesar da amamentação ser um ato natural, o hábito precisa de apoio de todos – família, profissionais de saúde e empregadores, entre outros. O Guia dos Direitos da Gestante e do Bebe, um programa do governo em conjunto com o Programa das Nações Unidas para a Infância (Unicef), é voltado para a capacitação de agentes multiplicadores com a função de transmitir informações sobre o direito das mães à amamentação.

           Um dos objetivos do milênio, ratificados pelo Brasil, é reduzir em dois terços, entre 1990 e 2015, a mortalidade infantil entre menores de 5 anos. O aleitamento materno exclusivo é capaz de diminuir em até um quinto as mortes nessa faixa etária, de acordo com a OMS.Segundo o Ministério da Saúde, o leite materno é tudo o que o bebê precisa até os seis meses. É um alimento de fácil digestão que funciona como vacina, protegendo a criança contra doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias.A amamentação também contribui para a recuperação da mãe, após o parto, para a perda de peso, além de ajudar o útero a recuperar seu tamanho normal, reduzindo o risco de hemorragia e de anemia. O aleitamento também diminui as chances de desenvolver diabetes e cançer de mama, de ovário, e pode diminuir o risco de enfarte em até 37%.