domingo, 22 de abril de 2012

INFLAMAÇÃO



              Inflamação nada mais é do que uma resposta tecidual a um agente agressor. É caracterizada pelos sinais de rubor, calor, tumor e dor. A compreensão é facilitada quando pensamos numa espinha nascendo no rosto, ou no estado em que a pele fica quando nos expomos excessivamente ao sol.
              Quando um tecido fica inflamado, ele se torna muito mais sensível a estímulos, esse fenômeno é característico da dor inflamatória e ocorre em virtude da sensibilização dos neurônios nociceptivos (neurônios que transmitem a informação de dor). A dor inflamatória não ocorre imediatamente após ou durante um estímulo, mas sim após a ativação da “cascata de citocinas” .  




   
 


         A partir de um estímulo são ativadas as células do sistema fagocitário, que iniciam uma cascata de eventos através da secreção de citocinas (IL-1 e TNF). Estas moléculas ativam outras células como fibroblastos e células endoteliais, causando a liberação de um segundo conjunto de citocinas que incluem, além dos próprios IL-1 e TNF, também IL-6 e IL-8 e proteínas inflamatórias. O endotélio vascular desempenha um importante papel na comunicação entre o sítio inflamatório e os leucócitos circulantes. Através da modificação do tônus vascular, mediada por metabólitos do ácido araquidônico (prostaglandinas, tromboxano e leucotrienos), é facilitada a migração de monócitos e neutrófilos até o local da inflamação.
           O óxido nítrico e as cininas provocam vasodilatação (eritema) e aumento da permeabilidade vascular (edema).A dor é mediada, além das prostaglandinas, pela bradicinina, que estimula as terminações nervosas do local afetado a conduzirem o estímulo doloroso por nervos até a medula espinhal. A partir desse ponto, o estímulo é levado até diferentes regiões do cérebro, onde é percebido como dor e transformado em respostas a este estímulo inicial.